A Eletrobras recuou na sua intenção de iniciar na sexta-feira, 17, a volta presencial ao trabalho de parte de seus funcionários, depois que uma ação do sindicato e da associação da categoria conseguiu liminar impedindo o cronograma inicial elaborado pela empresa. A nova data é dia 4 de agosto, o que também está sendo questionado pelas entidades.

Na ação, a Sintergia-RJ (Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Energia Elétrica do Rio de Janeiro) e da Aeel (Associação dos Empregados da Eletrobras), representados pela Advocacia Garcez, argumentam que o próprio presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., em webinar no dia 30 de junho, elogiou o sistema de teletrabalho, afirmando que o mesmo estava funcionando perfeitamente e que as pessoas estariam trabalhando igual ou melhor em casa.

As entidades afirmam que a volta ao trabalho seria uma temeridade, principalmente no Rio de Janeiro, onde os casos de covid-19 são elevados e haveria risco de contaminação no transporte para o trabalho. Eles lembram também que já houve cinco os óbitos na empresa, e uma volta precoce poderia aumentar esse número.

O Sintergia e a Aeel apontam que outras estatais cariocas, como Petrobras, BNDES e EPE (Empresa de Pequisa Energética) estenderam até o final do ano a volta ao trabalho, com objetivo de proteger a saúde dos seus funcionários.
Após a decisão da juíza Andrea Detoni, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª região, a Eletrobras comunicou na quarta internamente um novo cronograma, que começa no dia 4 de agosto e vai até 14 de setembro. Na primeira fase irão retornar até 120 empregados; no dia 17 de agosto, mais 280 empregados; e em 14 de setembro mais 415 pessoas.A Eletrobras observa ainda que poderá modificar o calendário em caso de mudança de protocolo pela prefeitura ou governo do Estado do Rio.
Fonte: Isto É

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