Mais de 40 pessoas estão em greve de fome e Centrais Sindicais decidem manter estado de greve irão intensificar a pressão nos deputados para impedir votação.

Mesmo diante da confusão entre os auxiliares do golpista e ilegítimo Michel Temer sobre se vota ainda este ano ou não a nova proposta de reforma da Previdência, a CUT e demais centrais mantêm o estado de greve e irão intensificar a pressão nos deputados federais.

O principal consenso da reunião das centrais sindicais (CUT, CTB, CSB, Força Sindical, NCST, UGT, CSP Conlutas, Intersindical, CGTB), realizada nesta quinta-feira (14) na sede da CUT, em São Paulo, foi: se botar para votar, o Brasil vai parar!

E não adianta tentar confundir os trabalhadores e trabalhadoras mudando e negando ao mesmo tempo a data de votação, alerta o presidente da CUT Vagner Freitas, que lembra: “mesmo internado no hospital, Temer não perdeu a maldade e continua pressionando os parlamentares em defesa da proposta”.

“Estamos em estado de greve permanente! A jornada de lutas vai ser maior e a pressão nos deputados também. Temos que ir para os aeroportos, nas zonas eleitorais, nos bairros, na Câmara dos Deputados, estampar as carinhas deles nos postes, nas redes sociais e em cartazes dizendo que não vão se eleger se votarem a favor dessa proposta famigerada”, destacou Vagner.

Além de continuarem com as mobilizações contra a reforma da Previdência, a CUT e as demais centrais irão orientar os sindicatos de todo o país a ampliar o diálogo com a classe trabalhadora. Isso porque, todos têm de saber que o governo não abriu mão de votar a proposta que acaba com a aposentadoria ainda esse ano e é preciso ficar mobilizado e atento.

Grevistas estão frágeis, mas não desistem

Nesta quinta-feira (14/12), a greve de fome, de luta e resistência contra a reforma da Previdência completa 10 dias e o protesto recebeu a adesão de trabalhadores e trabalhadoras do país inteiro. Já são mais de 40 grevistas em todo país.

Representantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), afirmam que todos sabem o tamanho do desafio que é imposto quando decidem não se alimentar, mas diante da sanha do governo de retirar direitos sociais e trabalhistas, é preciso alertar o governo que essa é mais uma das ações que eles irão executar caso essa reforma venha a ser votada.

Para o MPA, este é um momento histórico de retirada de direitos, mas os camponeses e as camponesas não aceitam as manobras do governo golpista contra a classe trabalhado, em especial quando se trata do desmonte da Previdência.

A greve de fome significa que alguns passarão fome por alguns dias para evitar que muitos passem fome uma vida inteira.

FNU se solidariza com grevistas

A FNU apoia e se solidariza com os companheiros do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores que hoje (14/12) completam 10 dias de greve de fome contra a reforma da previdência.

Sobre o estado de saúde dos grevistas, com o passar dos dias, começam aparecer os primeiros sinais de debilidade. “Os que estão há mais dias estão mais frágeis que os demais, logo demandam de maior atenção”, explica Ronald Wolff, médico que acompanha os grevistas em Brasília. (com informações CUT)