Paulo de Tarso, presidente da CNU

Nesta manhã (15/6), primeiro dia da greve de 72 horas, mais de 200 trabalhadores da Eletronorte se reuniram para um café da manhã em frente ao Senado em mais uma atividade de pressão em cima dos senadores para que a MP 1031, que prevê a privatização da Eletrobras, não seja votada ou seja rejeitada pela maioria na Casa.

O presidente da CNU, Paulo de Tarso, esteve presente ao lado dos trabalhadores e enfatizou que o ato envolveu muita unidade e pressão em cima dos senadores. “Todos estão dispostos a brigar em defesa da Eletrobras pública e estamos de olhos ligados naqueles traidores da nação brasileira que querem vender a Eletrobras a preço de banana e de quebra entregar as águas dos nossos rios”, afirmou.

Estiveram presentes também no ato os senadores Jean Paul (PT-RJ), líder da Minoria e Paulo Rocha (PT-PA), além de várias outras lideranças, entre elas, Naylor Gato, vice-presidente da FNU e coordenador-geral do CNE; Fabíola Latino Antezana, dirigente CNU e Stiu-DF; diretor da AESEL; e Mauro Martinelli, diretor da CEB.

Pressão nos senadores
No final da manhã, os representantes dos trabalhadores percorreram corredores e gabinetes no Senado. No corredor, conseguiram abordar o senador Eduardo Braga(MDB-AM) para saber seu posicionamento sobre a MP 1031. O parlamentar disse ainda não ter lido o relatório do senador Marcos Rogério (DEM-RO) e, por isso, ainda não tinha uma posição.

Paulo de Tarso explica que as abordagens aos senadores continuarão para apresentar os argumentos necessários sobre os prejuízos ao país e à população, caso a MP seja aprovada.

Todos podem fazer a sua parte, pressionado os senadores por meio de mensagens de e-mails, redes sociais e WhatsApp, acessando o site: https://napressao.com.br/campanha/salve-a-energia-diga-nao-a-privatizacao-da-eletrobras .

Greve
A paralisação dos eletricitários, por 72 horas iniciada neste 15 de junho, é uma resposta ao agendamento da MP 1031 na pauta de votação no Senado para esta quarta-feira (16/6). A greve é ainda resposta dos trabalhadores ao descumprimento do ACT Nacional, à não renovação de ACT’s Específicos e às demissões de dirigentes sindicais.

No que diz respeito a MP 1031, os trabalhadores consideram ser um projeto criminoso, submetido no Congresso Nacional por rito sumário, ou seja, sem nenhuma audiência pública e sem a criação de uma Comissão Mista de Senadores e Deputados para debater sobre os riscos que uma iniciativa como essa pode trazer para a população.