Em Plenária Regional realizada no DF, CUT orientou sindicatos a conscientizar suas bases para fortalecer as mobilizações marcadas para agosto: o Dia do Basta e os atos no dia que Lula vai registrar candidatura. Os urbanitários estiveram presentes

O compromisso dos sindicatos CUTistas na conscientização de suas bases e atuação nas mobilizações do próximo período foram as diretrizes firmadas na Plenária Interestadual, realizada nesta quinta-feira (28/6), em Brasília, que reuniu dirigentes sindicais do Distrito Federal e de Goiás.

Essa foi a primeira de uma série de plenárias que a CUT está organizando em todas as Regiões do País para debater estratégias de mobilização nas bases em defesa da democracia e dos direitos. Nessas plenárias, também serão debatidas ações por Lula Livre, será lançada a Plataforma da CUT para as eleições 2018 e organizado o Dia Nacional do Basta, em 10 de agosto, quando haverá protestos contra todos os prejuízos que a classe trabalhadora e toda sociedade vêm enfrentando desde o golpe de 2016.

Nessas plenárias, a CUT vai orientar os sindicatos a realizarem assembleias com as categorias para aprovar e organizar a participação dos trabalhadores e das trabalhadoras de todo o país no Dia do Basta e, também, para os atos que serão realizados no dia 15 de agosto, data em que o presidente Lula registrará sua candidatura. As duas atividades têm como eixo a garantia da participação de Lula nas eleições e a consequente reversão dos inúmeros retrocessos sociais e trabalhistas impostos pelo golpe.

“O projeto deles fracassou até aqui e não há como aprofundá-lo pela via democrática”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, se referindo a importância das mobilizações no momento em que as de intenções de voto em Lula, líder em todas as pesquisas, continuam registrando percentuais acima de 30% e as taxas de reprovação do governo do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) alcançam percentuais de mais de 90%.

O povo não quer privatização, não quer uma previdência privatizada, saúde privatizada, educação privatizada, a Petrobras privatizada, muito menos desemprego

– Vagner Freitas

Para Vagner, é com esse discurso, além de renda e reforço nos programas sociais, que os sindicatos vão construir a mobilização do dia 10 e pavimentar a do dia 15.

Na avaliação do presidente interino da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, o país vive uma conjuntura de ataques aos direitos sociais e trabalhistas jamais enfrentada em outros períodos. Por isso, nas eleições deste ano é preciso eleger candidatos comprometidos com os interesses e direitos da classe trabalhadora.

“Nenhum direito será retomado se não tivermos no Congresso representantes eleitos por nós e, sobretudo, Lula presidente. O golpe passa pelo processo da institucionalidade. Dessa forma, devemos fazer a disputa das instituições para fortalecermos a luta e retomar nossos direitos”, disse.

Já a presidenta da CUT Goiás, Iêda Leal, destacou a importância da formação e da informação da militância na disputa de classes.  “Precisamos estar cientes do que, de fato, está acontecendo para entrarmos em sintonia de luta. Nossa união é fundamental para enfrentarmos com mais garra o próximo período. Não descansaremos enquanto não devolvermos a democracia ao país”, afirmou.

Esperança para lutar

Em meio aos tempos difíceis vividos pela classe trabalhadora, o presidente da CUT Nacional, trouxe uma mensagem de otimismo à militância. O dirigente que, neste mês, esteve com Lula na prisão em Curitiba, destacou o ânimo do presidente em trazer de volta a igualdade ao país e devolver aos trabalhadores os direitos usurpados pela cúpula golpista.

“Precisamos ter a mesma esperança de Lula. Nós, enquanto povo aguerrido de luta,  temos condições de vencer. O golpe foi duro, mas não se consolidou. Essa é a nossa oportunidade de eleger a esquerda de novo, de colocar no poder pessoas que se identificam com o nosso projeto. Temos espaço na sociedade para que isso aconteça. Temos grande potencial de reversão desse quadro”, avaliou.

Por fim, Vagner ressaltou o papel da CUT nas grandes mobilizações pelo país e sua importância enquanto entidade representativa dos trabalhadores. “A Central tem papel histórico nos grandes enfrentamentos realizados no país. Estivemos presentes em muitas lutas contra o golpismo. Por isso, é importante que, para essas duas importantes atividades, os sindicatos CUTistas mobilizem suas bases para, assim, mostrarmos nossa força”, disse. (fonte: CUT)