O mercado financeiro dá sinais de muita desconfiança sobre a saúde financeira e operacional da Copasa e faz um alerta que a empresa prioriza distribuição de dividendos aos acionistas, sem o cuidado de fazer investimentos necessários à própria sustentabilidade : “…a falta de investimentos pode trazer problemas relacionados à expansão do negócio, cobertura, combate a perdas e, por fim, revisões tarifárias decepcionantes”.

O alerta vem de analista da corretora “Genial Investimentos”, Vitor Souza, através de reportagem no site www.moneytimes.com.br, especializado em acompanhar a evolução no mercado de capitais.

Diz ainda que “a corretora ainda está cética em relação à empresa”. Ressalta que a “a estimativa de endividamento considera um investimento de R$ 919 milhões ao longo de 2021 – e a empresa investiu apenas R$ 330 milhões no primeiro semestre de 2021. Tal valor, nos leva a acreditar que é possível que o nível de investimento fique abaixo das nossas estimativas para 2021 e da própria quantia de investimentos planejada para o ano pela própria empresa”.

Deixa claro que a Copasa só está distribuindo dividendos extraordinários porque deixa de investir na sua estrutura e no próprio negócio. O analista explica a estratégia de extrema gravidade dos gestores da Copasa: “caso a empresa tenha investido muito, vai ter uma remuneração maior dos seus investimentos reconhecidos nas tarifas e vice-versa […] Investindo pouco, o endividamento fica baixo e permite a empresa ficar dentro do enquadramento regulatório para conseguir anunciar dividendos extraordinários, em detrimento da operação da própria empresa”.

Esta política de sucateamento, como o Sindicato vem denunciando, está lastreada na intenção do governador Romeu Zema e dos gestores da Copasa em privatizar a empresa, depreciando seu valor de mercado, para vendê-la a preço de bananas. Perde a população no desrespeito ao seu direito a um serviço essencial, perdem as Prefeituras que tem contratos de programa que podem cair na exploração de empresas privadas ávidas de lucro tarifário, perde a política social de proteção à saúde, que poderá ter sepultada a busca histórica da universalização do saneamento.

O SINDÁGUA encaminha as denúncias ao Ministério Público e a todos os deputados estaduais e federais de Minas Gerais, contra à má gestão e o verdadeiro crime de responsabilidade com as obrigações públicas da Copasa.

Fonte: Ascom Sindágua-MG