A assembleia de constituição oficial da Confederação Nacional dos Urbanitários  – CNU – foi realizada nesta quinta (19/12), em Brasília, com a participação de representantes de sindicatos dos urbanitários de todo país e das três federações que endossaram sua criação: Federação Nacional dos Urbanitários – FNU; Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste – FRUNE; e Federação Interestadual dos Trabalhadores Urbanitários nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e no Distrito Federal – FURCEN. A nova entidade representará os trabalhadores dos setores de energia elétrica, saneamento, gás e meio ambiente.

Além de oficialização da entidade, a assembleia elegeu a primeira diretoria, tendo Paulo de Tarso Guedes de Brito Costa(Sinergia-Bahia) como presidente. Paulo é reconhecido, dentro da categoria, por sua combatividade e capacidade de aglutinação e articulação. Para Pedro Blois, presidente da FNU, “Paulinho é uma liderança com grande capacidade de formulação e que irá contribuir, sem dúvida, com a organização da luta dos urbanitários no âmbito nacional”.

Paulo de Tarso apresentou o manifesto de fundação da CNU, que ressalta que os urbanitários não abrirão mão das empresas estatais nos serviços essenciais da água, energia, gás e meio ambiente e irão “ao limite do impossível para garantir os empregos regulares e melhores condições de vida aos trabalhadores”.

O manifesto ainda enfatiza que os urbanitários serão incansáveis defensores da democracia, apostarão na força e garra da juventude e das mulheres e investirão na construção de Confederação cidadã.

Leia:
MANIFESTO DE FUNDAÇÃO DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS URBANITÁRIOS – CNU

A construção desse projeto se iniciou há cerca de dez anos quando o então presidente da CUT nacional, Artur Henrique, coincidentemente urbanitário, idealizou uma confederação nacional para abraçar os interesses do nosso ramo. Na época, o presidente da FNU, José Eduardo, solidarizou-se à causa com entusiasmo. Uma confederação baseada nos marcos “varguistas”, mas que teria um grande diferencial quando comparada a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria – CNTI – a qual os urbanitários estavam filiados.

Inicialmente, teríamos condição de transformar os recursos do imposto sindical em favorecimento às especificidades da luta dos urbanitários. Assim, com três federações existentes (Federação Nacional dos Urbanitários – FNU – e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo – FTIUESP) e uma regional a se criar, poderíamos fundar a sonhada Confederação Nacional dos Urbanitários – CNU.

Hoje, nossa realidade possibilita tal fundação, após a criação de duas federações regionais (Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste – FRUNE e Federação Interestadual dos Trabalhadores Urbanitários nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal – FURCEN, que se somam a histórica FNU. Mesmo sem o recurso do imposto sindical, a CNU nasce neste momento com unidade e disposição de luta dos urbanitários para enfrentar os novos desafios.

– Não abriremos mão das nossas empresas estatais nos serviços essenciais da água, energia, gás e meio ambiente;

– Iremos ao limite do impossível para garantir os empregos regulares e melhores condições de vida aos trabalhadores;

– A cada organização do capital, acumulando ativos e juntando empresas, atuaremos com as nossas Intersindicais visando impedir exploração e qualificando as condições de trabalho;

– Seremos incansáveis defensores da democracia e não daremos trégua ao governo Bolsonaro, que tem em sua essência o desejo de destruir o movimento sindical combativo e todos os movimentos sociais. Ao contrário, nossa arma será a unidade cada vez maior de todos segmentos sociais;

– Vamos apostar na força e garra da juventude e das mulheres como principais aliadas em nossa luta;

– Vamos investir numa Confederação cidadã, participando e apoiando nossos representantes no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas, nas Câmaras municipais e executivos em todas as esferas.

Nesse momento de resistência aos retrocessos nas conquistas de direitos é fundamental a compreensão de todas as federações e sindicatos para a necessidade de financiamento das lutas nacionais para as quais também estaremos criando alternativas de recursos. Para além da contribuição dos trabalhadores, faremos parcerias no movimento sindical internacional e apostaremos na solidariedade de classe.

Com nossa ousadia, estamos contrariando a conjuntura adversa. Enquanto algumas entidades sucumbem, estamos fundando um instrumento de luta nacional que representará todos os urbanitários.

VIVA A CNU!
VIVA OS URBANITÁRIOS!
VIVA A DEMOCRACIA!

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