Os trabalhadores e trabalhadoras da Cemar aprovaram dia 20/12 a contraproposta da empresa. A decisão põe fim à Campanha Salarial 2018, que tem um saldo positivo, embora os avanços conquistados na negociação ainda estejam aquém do que a categoria merece e do que a Cemar pode assegurar a quem lhe gera todos os lucros e resultados.

Cerca de 570 trabalhadores estiveram presentes nas assembleias realizadas simultaneamente em São Luís, Imperatriz, Timon, Pinheiro e Bacabal. Destes, 536 se posicionaram, votando entre as duas opções apresentadas: aprovação

ou rejeição da contraproposta da Cemar, sendo 482 votos pela aprovação e 54 votos pela rejeição da última proposta apresentada ao STIU-MA. Pouco mais de 40 trabalhadores se abstiveram da decisão, não votando e apenas um voto nulo foi registrado.

Cada conquista é fruto da negociação e da persistência mantida em mesa de negociação e do posicionamento dos trabalhadores e trabalhadoras que participam de todas as assembleias e rejeitam contrapropostas que não são razoáveis.

Graças a esse processo (e só a ele), garantimos reajuste nas cláusulas econômicas (algumas acima do índice da inflação), revertemos a ideia de reajustar salários parceladamente, rompemos a barreira dos 1 mil reais no auxílio alimentação mensal (era R$ 935,63, fica R$ 1.011,98) e avançamos no auxílio-creche, que agora beneficiará pais e mães de crianças até completar 7 anos (antes era 6), conseguimos extinguir as faixas salariais e beneficiar a todos os empregados com os mesmos valores diferenciados apenas em duas faixas etárias. Na Cláusula 30 – Abono de Ponto, conseguimos incluir os enteados.

Conseguimos ainda uma alteração na cláusula 3ª do Acordo do PPR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados), substituindo ‘‘Reduzir Índice de Perdas Globais’’ por ‘‘Aumentar índice de arrecadação da Baixa

Tensão, excluído poder público’’, dessa forma, a meta ficou mais viável de ser alcançada. Mais uma etapa concluída. Missão cumprida. Novo Acordo Coletivo garantido.

Viva a organização e a luta dos trabalhadores que resistem, mesmo diante de intimidações, possíveis retaliações, exploração desmedida do trabalho e tantas outras mazelas. Seguimos firmes.