A data  convida à reflexão sobre a importância do respeito à diversidade em toda a sociedade, especialmente nos ambientes de trabalho e familiar

Em um dos países mais LGBTfóbicos do mundo, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado em 28 de junho, reforça a luta contra a opressão, o preconceito e a violência contra as pessoas da comunidade. Essa luta também é dos trabalhadores. Por isso, a FNU defende a diversidade dentro e fora dos locais de trabalho.

Segundo dados do Grupo Gay Bahia (GGB), a mais antiga ONG LGBTQIAPN+ da América Latina, 257 pessoas da comunidade foram vítimas de mortes violentas em 2023, no Brasil. Como não existem estatísticas governamentais sobre os crimes de ódio contra essa parcela da população, a GGB coleta os dados na mídia e em sites de pesquisa, ou seja, esse número pode ser ainda maior.

Das 257 vítimas de 2023, 127 eram travestis ou transgêneros e 118 eram gays. O número é o maior do planeta, colocando o Brasil na primeira posição no ranking global da violência contra LGBTQIAPN+.

A FNU convoca todos trabalhadores do ramo urbanitário a se somar à luta contra os crimes de ódio a pessoas LGBTQIAPN+ e em favor da igualdade entre todos, independentemente da orientação sexual. A mobilização deve começar no dia a dia.

Não se pode excluir pessoas LGBTQIAPN+ de cursos de qualificação, pagar salários mais baixos por causa da orientação sexual e praticar assédio contra as pessoas da comunidade durante o trabalho também são formas de violência.

O combate ao desemprego de LGBTQIAPN+ também é urgente. A Aliança Nacional LGBTI estima que o índice de desemprego na comunidade pode chegar a 40%, muito acima do índice nacional geral. Se considerarmos apenas pessoas transexuais, a proporção aumenta para 70%.