O SINTERGIA-RJ e demais sindicatos da base da Eletrobras receberam com grande revolta a notícia de que gerentes da Eletrobras estão comunicando os trabalhadores a intenção da empresa em fazer redução nos salários. Essa atitude irresponsável só pode ser por conta da incompetência da direção da empresa que deixou acontecer um prejuízo de R$353,6 milhões no primeiro trimestre de 2025. A
direção da Eletrobras quer colocar nas costas dos trabalhadores a fatura do prejuízo dos 300 mil investidores que utilizaram o FGTS para comprar ações da Eletrobras.
O presidente da Eletrobras, em pronunciamento na mídia, disse que “tem perdido a noites de sono com os 300 mil CPFs que investiram no FGTS”. O importante para ele é a distribuição dos dividendos. Na sua visão trabalhadores são apenas números. Quando têm seus salários reduzidos, não conseguem honrar com seus compromissos financeiros, os trabalhadores também perdem o sono. Aliás, desde a privatização essa é uma rotina para os trabalhadores da Eletrobras.
Tratar seres humanos com números e pressioná-los com ameaças de redução de salário soa como assédio e é algo inaceitável. Em hipótese alguma os sindicatos e aceitarão alguma redução de salário. A Constituição Federal, em seu Artigo 7º, inciso VI, explicita que “a irredutibilidade do salário é um direito fundamental de todo e qualquer trabalhador, salvo o disposto em Convenção ou Acordo Coletivo”. E o último ACT foi homologado com a retirada da cláusula de redução de salário proposta inicialmente pela Eletrobras, sendo uma imposição, à época, do Procurador do Ministério Público do Trabalho, Dr. Luís da Silva Flores, durante a audiência de conciliação.
Fonte: Ascom Sintergia-RJ