A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) manifesta grande repúdio às demissões ilegais e desumanas de cerca de 100 trabalhadores com deficiência promovidas pela direção da Eletrobras. A medida, além de cruel, descumpre decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), registrada em acórdão unânime de 11 de maio de 2022, que garante a permanência desses profissionais na empresa.
É inadmissível que, no meio de um processo de negociação de Acordo Coletivo de Trabalho, a Eletrobras opte por ações tão sorrateiras e desleais, ao invés de buscar a primarização e a valorização dos profissionais com deficiência que, há mais de uma década, contribuem com competência e esforço para os resultados da companhia.
Este ataque aos trabalhadores com deficiência é mais uma face do projeto de desmonte da Eletrobras e da lógica privatista que trata direitos como obstáculos e vidas como números. Rejeitamos com veemência esse modelo e convocamos todas as entidades sindicais, movimentos sociais e parlamentares comprometidos com a justiça social a somarem-se à luta pela imediata revogação dessas demissões.
As demissões violam não apenas a Justiça, mas também os princípios fundamentais de dignidade humana, inclusão e respeito à diversidade. Enquanto alardeia compromissos com ESG e responsabilidade social, a Eletrobras, na prática, revela total insensibilidade e desprezo pelo papel social que uma empresa de serviço público deve cumprir.
A FNU SE SOLIDARIZA COM O SINTERGIA-RJ E COM TODOS OS TRABALHADORES E TRABALHADORAS ATINGIDOS, E REAFIRMA SEU COMPROMISSO COM A DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, DA DIGNIDADE NO TRABALHO E DA JUSTIÇA SOCIAL.
Estaremos juntos no ato público desta segunda-feira, 2 de junho, às 8h, na sede da Eletrobras (Av. Graça Aranha, 26 – Centro, Rio de Janeiro), para exigir o imediato cancelamento das demissões e o cumprimento da decisão judicial.
Nenhum direito a menos! Contra a crueldade, resistência e solidariedade!
DIREÇÃO DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS URBANITÁRIOS – FNU
30 de maio de 2025