Lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Público foi adiada.
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A luta em defesa do saneamento público se faz mais urgente do que nunca. As mudanças feitas pelo governo Bolsonaro no marco regulatório do saneamento, abriu em uma escala jamais vista as portas para a privatização das empresas públicas de saneamento. Hoje, os governos estaduais e os municípios se articulam para entregar ao capital privado o controle deste patrimônio do povo, indo na contramão do mundo, onde a reestatização dos serviços de saneamento é uma realidade, mesmo nos países centrais do capitalismo.

Para barrar esse processo insano de entrega da água ao poder das grandes corporações, a Federação Nacional dos Urbanitários e a Confederação Nacional dos Urbanitários se articularam nos últimos meses no Congresso Nacional, e construíram a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento, com a adesão de mais de 200 assinaturas de deputados, tendo como coordenador Joseildo Ramos (PT-BA).

A Frente será lançada oficialmente no dia 11 de julho, às 15 horas, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília, em ato que também contará com debate sobre os serviços públicos no saneamento público e energia elétrica. Além da discussão sobre a importância das empresas públicas do saneamento, será abordado também a importância da reestatização da Eletrobras, uma empresa estratégica para a soberania energética nacional, assim como para o controle da questão hídrica, ou seja, dos nossos rios e represas.

Para o presidente da FNU, Pedro Damásio, o lançamento da Frente vai fortalecer ainda mais a luta pelo saneamento público. “Foi um trabalho intenso e de muitos diálogos com parlamentares de diversos partidos. Mas foi gratificante ver que a luta dos sindicalistas se tornou uma realidade, mostrando que com unidade e mobilização é possível se contrapor ao lobby das grandes empresas e fazer o enfretamento”, disse ele.

De acordo com Paulo de Tarso, presidente da CNU, a iniciativa da construção da Frente mostra o quanto os sindicatos ainda têm credibilidade junto ao parlamento. “Estou nessa luta há muito tempo em defesa das causas populares, e sei o quanto é fundamental ter uma frente parlamentar para articular mudanças nas leis e construir uma nova realidade. O saneamento público precisava dessa iniciativa e destas ações. Agora o momento é de trabalhar muito para impedir que as privatizações avancem”, alertou ele.

Ato público dos urbanitários antecederá lançamento da Frente

Para dar maior visibilidade à pauta do saneamento e pela reestatização da Eletrobras, chamando a atenção do público e dos parlamentares, os trabalhadores urbanitários, lideranças sindicais e movimentos sociais, realizarão um ato público no mesmo dia 11 julho, às 13h30, em frente ao Anexo 2 da Câmara.

Importante ressaltar que, segundo a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (AESBE), 79% dos recursos investidos no setor são feitos pelas empresas públicas, o que demonstra que a atuação dos prestadores públicos é fundamental para se chegar à universalização até 2033.

Já o Ministério da Saúde afirma que para cada real investido em saneamento são economizados R$ 9 em saúde, ou seja, fica evidente que somente o Estado, pela sua natureza que foge a lógica do lucro, é capaz de realizar tantos investimentos com planejamento com visão social.

Agende-se
11 de julho – terça-feira
15 horas
Câmara dos Deputados – Brasília

➡️ O ato contará com debate sobre a importância dos serviços públicos de saneamento e energia elétrica.

? Os urbanitários estão em luta permanente em defesa das empresas públicas para garantir o direito a todos ao saneamento básico e à energia elétrica.

Saneamento público é compromisso com o direito à água! ?

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