Que os fatos sejam devidamente apurados e os responsáveis punidos! 
#BrasilSemTerrorismo
Leia também o Boletim do CNE: Terrorismo Bolsonarista ataca torres de linhas de transmissão

Vândalos derrubaram três torres de transmissão de energia elétrica e danificaram outras estruturas, nessa segunda-feira (9/1), de acordo com informações reunidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As ações dos vândalos não causaram queda no fornecimento de eletricidade, mas, por conta desses atos, o Governo Federal criou um gabinete de crisepara acompanhar a situação.

Com coordenação da Aneel, o gabinete de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico Brasileiro também desencadeou uma série de ações para garantir a segurança energética do país.

A situação mais grave ocorreu à 0h13 de segunda-feira. Os vândalos conseguiram derrubar uma torre de transmissão que faz parte do sistema responsável por escoar a energia gerada na usina de Itaipu para o restante do país.

“Há indícios de vandalismo. Não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres”, aponta um trecho do boletim de acompanhamento do grupo sobre esse caso.

Os vândalos cortaram os cabos de apoio e usaram um trator para derrubar a torre, segundo integrantes do governo. Outras três torres foram avariadas na mesma região. O caso ocorreu na cidade de Medianeira (PR), a 50 quilômetros de Foz do Iguaçu.

Casos em Rondônia
Logo após a queda da torre, outra linha de transmissão assumiu o escoamento da energia e não houve corte no fornecimento.

Outros dois casos ocorreram em Rondônia. Uma torre teve seus cabos de sustentação cortados e caiu e outra torre foi derrubada. Nas duas situações também não houve corte de energia.

Em um dos caros, a empresa responsável pela torre aponta “indícios de sabotagem, sendo cortados dois estais (cabos de aço de sustentação da torre)”. Em outro, o grupo também aponta que “há indícios de vandalismo”.

Por conta dos atos de terrorismo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou ao governo que está realizando, desde segunda, operação diferenciada para aumento da segurança eletroenergética. Entre as ações está somente autorizar intervenções em caráter de emergência ou aquelas em que sua não execução imponha riscos para vidas humanas, para os equipamentos ou para o sistema, como que agreguem segurança adicional, tais como retorno de equipamentos em manutenção ou entrada em operação de novos equipamentos.

A Aneel enviou ofícios às concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e ao ONS informando acerca da instituição do gabinete de crise, que receberá e processará as informações referentes a qualquer tentativa de ataque ou efetivo vandalismo, tanto sob o aspecto de integridade física como também cibernética das instalações.

No ofício, a Aneel também determina que as distribuidoras de energia suspendam o fornecimento de energia elétrica “de possíveis instalações provisórias, relacionadas à acampamentos clandestinos de manifestantes, e identifiquem, se possível, os proprietários/consumidores responsáveis, com fins de encaminhamento para as autoridades públicas”. (Fonte: Folha de Pernambuco)

 

STIU-MA denunciou em dezembro tentativas de atos terroristas no estado

Dirigentes do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU-MA) que reúne os eletricitários, denunciou há duas semanas, no final de dezembro do ano passado, que a linha de transmissão Ribeiro Gonçalves/Balsas circuito de 230kV (RGBS-LT06-01) foi desligada por atuação do relé do seu Sistema de Proteção.

Durante a inspeção foi verificado um dano no suporte do cabo para raio na torre 170. Já a torre 171 estava no chão devido ao “rompimento de quatro estais por ação de fogo de fogueira. Estais são dispositivos usados para segurar as torres da ação dos ventos. Prosseguindo a inspeção foi verificado que a torre 172 havia tombado em consequência de danos consideráveis na estrutura.

STIU-MA

Segundo o sindicato, o que já foi apurado aponta para indícios de atos de terrorismo contra os empreendimentos da Eletrobras/Eletronorte. Chama a atenção o fato de que os “estais”, tinham vestígios de incêndio, o que pode ter acarretado a sua ruptura e a consequente queda das torres.

“Um detalhe que chamou a atenção dos sindicalistas, é que esses eventos (quedas), comumente, acontecem em terras indígenas, mas, o que chegou ao conhecimento, é que a queda das duas torres ocorreu em região do agronegócio”, diz a nota do STIU-MA.

“Foram três eventos, dois nas linhas da Eletronorte e outra na Taesa e, por isso fizemos questionamentos junto às empresas, enviamos representação  ao Ministério Público Federal [MPF] e enviamos correspondência ao ministro da Justiça, Flávio Dino e cabe agora aos órgãos investigarem”, diz Wellington Diniz, dirigente do STIU-MA.

Clique aqui para ler o ofício do STIU-MA enviado ao Diretor-presidente da Eletronorte, Antonio Bechara Pardauil.

CNE critica posicionamento da diretoria da Eletronorte e da Eletrobras

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), em nota, disse que causa espanto e estranheza o comportamento da Diretoria da Eletronorte e da Eletrobras sobre essa ocorrência, uma vez que não se teve noticia de qualquer alusão ao fato nas redes sociais da empresa.

Relatada a ocorrência, mais uma vez chamamos a atenção para uma sequência de pontos que deveriam ter sido vistas e não foram:

  1. A investigação dessa natureza deveria ter sido e deve ser conduzida pela Polícia Federal, mesmo já existindo um Boletim de Ocorrência lavrado na Polícia Civil, requer-se o imediato protocolo de uma Representação à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal;
  2. Isolamento imediato da cena do crime, pois, o local do ato de vandalismo/terrorismo onde se consumou a derrubada das torres é uma cena de crime contra o patrimônio público;
  3. Comunicação imediata da ocorrência aos trabalhadores/as, ao mercado e à população, através dos meios que a Eletrobras dispõe ao seu favor;
  4. Que sejam apuradas as responsabilidades e os culpados sejam punidos na forma da lei.
  5. Que a Eletrobras e Eletronorte reavaliem imediatamente os desligamentos dos trabalhadores/as previstos para o dia 30/12/2022, uma vez que já ficou comprovado que os quadros remanescentes desses desligamentos não serão suficientes para suprir as situações de manutenções programadas, de urgência/emergência.Fonte: Portal CUT Brasil