Para Rosana Gazzolla, coordenadora dos Coletivos de Mulheres do Sindicato e da CUT Campinas, eleição de chapa progressista para o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher é avanço na luta

Eleita no último sábado (3) pelo voto direto de mulheres de Campinas, Rosana Gazzolla topou o desafio de assumir novo mandato no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Coordenadora dos Coletivos de Mulheres do Sinergia CUT e da CUT Campinas, a dirigente sindical falou sobre a importância do papel para ampliar políticas públicas com as pautas prioritárias da luta contra a violência e pela igualdade de gênero.

Acompanhe abaixo o bate-bola de Gazzolla com a Área de Comunicação do Sinergia.

Sindicato: Qual o papel do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Campinas e, principalmente, das conselheiras eleitas?

Rosana Gazzolla: O Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres é o órgão colegiado, permanente, deliberativo, propositivo, controlador, autônomo em suas funções e fiscalizador das políticas públicas municipais dirigidas às mulheres, com a finalidade de acompanhar, avaliar e monitorar tais políticas e ações, bem como formular as diretrizes da política municipal para a promoção de igualdade de gênero, raça/etnia, orientação sexual e combate a toda e qualquer forma de discriminação contra a mulher.

Nós, conselheiras eleitas no último dia 3, temos um papel fundamental no CMDM, que é o de trazer para a sociedade civil as discussões para ampliar as políticas públicas com as pautas das mulheres, bem como fiscalizar o funcionamento de toda a estrutura, principalmente visando combater a violência contra as mulheres.

Sindicato: Quantas conselheiras são eleitas?

Rosana: O CMDM é composto por 29 mulheres representantes do Poder Público e da Sociedade Civil. Pelo Poder Público são nove representantes: Coordenadoria da Mulher; Cidadania, Assistência e Inclusão Social; Educação; Saúde; Cultura; Trabalho e Renda; Desenvolvimento Econômico, Social e Trabalho; Habitação e Segurança Pública.

Já pela Sociedade Civil são vinte conselheiras, sendo três de Universidades, cinco de Sindicatos, dez de ONGs, grupos e entidades de defesa dos direitos das mulheres, além de duas das trabalhadoras do setor público – Municipal, Estadual ou Federal -, que atuam na atenção e direitos das mulheres.

Sindicato: Quais os impactos das decisões tomadas pelo Conselho para toda a população de mulheres da cidade?

Rosana: Nas reuniões ordinárias são debatidos vários temas. O mais importante é o combate à violência contra as mulheres e o impacto disso na vida de todas, com várias ações propostas pelo CMDM que podem salvar a vida de várias mulheres.

Sindicato: A eleição de uma chapa unificada de mulheres cutistas é inédita? Qual a importância dessa eleição para o movimento feminista organizado na Central e para os coletivos de mulheres trabalhadoras?

Rosana: Sim, a articulação de uma chapa de mulheres cutistas e progressista é inédita no sentido de poder contar com o Comitê Popular de Luta de Mulheres com Lula, que ajudou a fortalecer a chapa que nos levou à vitória mesmo com todas dificuldades que tivemos que enfrentar com o Poder Público jogando peso e fazendo o possível pra que não entrássemos. Considero essa a mais importante articulação e vitória das mulheres de esquerda de Campinas.

Sindicato: Dentre as suas principais propostas, quais são as prioritárias para a definição de políticas públicas de gênero?

Rosana: Um dos principais temas é organizar a conferência livre para debater a saúde das mulheres e transformar em uma política pública para a cidade de Campinas. Outra pauta importante é o combate à violência contra as mulheres.

 

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