Durante a realização da audiência pública sobre a sobre a privatização da Ceron, em Porto Velho-RO, nesta quarta-feira (21/2), o público presente decidiu deixar o auditório em protesto às respostas ensaiadas pelos representantes do governo, ao desprezo como os trabalhadores e população em geral foram tratados à entrada no auditório e, fundamentalmente, contra ao processo de privatização das distribuidoras do sistema Eletrobras.

Os representantes do Sindur denunciaram a violência como os trabalhadores foram abordados em revista e identificação para entrarem no auditório onde seria realizada a audiência pública.

Um forte esquema de segurança foi montado com fechamento de ruas e aparato policial desproporcional à necessidade. Vencido os obstáculos de acesso ao local, o público teve que se submeter à revista e credenciamento, o que atrasou a entrada no auditório.

Às pressas foi iniciada a audiência e diante da recusa de aguardar a entrada do público, representantes do Sindur foram até a mesa formada por representantes do BNDES, Consórcio Mais, Eletrobras e Ministério das Minas e Energia para exigir que fosse liberada a presença de todas as pessoas que ainda estavam do lado de fora.

Dado início à audiência, no entanto, ao meio de respostas ensaiadas e desconectadas da realidade local, o público se retirou do auditório, deixando-o praticamente vazio. Assista aqui.

Ficou claro, mais uma vez, o desprezo do governo Temer pelos serviços prestados pelas distribuidoras Eletrobras e, no caso da Ceron, o trabalho de distribuir energia para 52 municípios alcançando, inclusive, as regiões mais carentes e distantes, como comunidades ribeirinhas e quilombolas, o que garante à empresa pública relevante função social. (com informações: blog Luiz Muller)

Próxima audiência será sexta-feira (23/2) em Boa Vista, Acre. Veja aqui.

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