O encontro, que reuniu pré-candidatas e pré-candidatos comprometidos com a luta, aconteceu na noite de terça, na sede do Sinergia CUT

Com a participação de representantes de movimentos sociais, sindicais e de pré-candidatos às eleições de outubro, foi realizado na ultima terça-feira (19), no auditório 10 de maio, na sede do Sinergia CUT, uma cerimônia para a assinatura de uma Carta Compromisso para a luta por igualdade de direitos das mulheres.

Conduzido pela coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT e da CUT Campinas, Rosana Gazolla, o evento teve instantes de emoção e de reafirmação da luta contra as arbitrariedades perpetuadas pelo atual governo federal liderado por Jair Bolsonaro. Além disso, um alerta foi feito para que todos estivessem integrados na luta para as eleições estaduais, em que a prioridade é derrotar o período de 28 anos de reinado tucano no estado, cujas tensões sociais pioraram com a instalação do governo iniciado por João Dória e que será encerrado por Rodrigo Garcia, atual ocupante do cargo.

Médico sanitarista e pré candidato a deputado federal, Pedro Tourinho afirmou que a carta compromisso é essencial para reforçar a necessidade de instalação de mecanismos de proteção às mulheres. “Infelizmente, vivemos um retrocesso civilizatório profundo”, afirmou o médico sanitarista. “As instituições estão sucumbindo a uma grande onda conservadora”, completou.

Parlamentar influente e líder da minoria na Assembléia Legislativa, a atual deputada estadual e pré-candidata à reeleição, Márcia Lia, do PT, descreveu o que tem visto pelas andanças pelo estado de São Paulo, em que as políticas públicas do atual governo produzem um efeito negativo. “O momento é muito difícil. Tenho conversado com as pessoas e percebido o sofrimento do nosso povo. O momento é de muita dificuldade”, afirmou. “É retrocesso sobre retrocesso. São mais de 30 milhões de pessoas que passam fome. E não podemos esperar nenhuma reação por parte da direita. Ela só pensa no próprio bolso”, arrematou.

Pré-candidata a deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores e integrante da oposição ao Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas, Vera Faria afirmou que a Carta Compromisso veio em boa hora especialmente porque mostra carências que devem ser atacadas em áreas primordiais como na educação, em que muitas vezes o trabalho de monitor de educação infantil não recebe a devida valorização. “Eu cuido e educo crianças desde o inicio do seu processo de crescimento”, afirmou, sem deixar de observar que muitas vezes somente o professor é lembrado e valorizado.

Ex-presidente da Adunicamp e pré-candidato a deputado estadual, o cientista político Wagner Romão fez questão de assinar a carta e colocar-se à disposição para que esta pauta não seja esquecida durante o processo eleitoral. “’É uma honra ser um aliado da luta das mulheres”, disse.

Pré-candidata a deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores, Adélia Faria fez questão de relembrar na sua fala o posicionamento dos militantes de Campinas de sempre apoiar a reforma agrária e os frutos gerados desta parceria. “Campinas é o berço da reforma agrária. Enquanto a gente era xingado em outros locais, Campinas nos alimentava”, disse a pré-candidata, que assinou a Carta Compromisso, assim como o pré-candidato a deputado federal Fábio Calixto, que apoia as pautas e reivindicações do documento. “Essa luta é de todos nós”, arrematou.

Já Márcia Viana, coordenadora do Coletivo de Mulheres da CUT-SP e pré-candidata a deputada federal, destacou que “essa carta é um compromisso com as pautas das mulheres na luta contra esse projeto neoliberal que precariza, ataca e mata mulheres todos os dias”. Por isso, “precisamos de mais representação das mulheres no parlamento, pois sem essa participação direta das mulheres não há democracia.

Portador do pronunciamento de encerramento, o presidente do Sinergia CUT, Carlos Alberto Alves, o Carlinhos, enfatizou a honra da entidade em abrigar um encontro tão importante e de tamanha dimensão histórica. Mas fez questão de relembrar os desafios para a classe trabalhadora na eleição do dia 02 de outubro. “Não dá mais para ser assim. É absurdo atrás de absurdo”, alertou.

 

Clique no link abaixo e leia a Carta Compromisso

2022_Carta-Compromisso-do-Coletivo-de-Mulheres_VALEESTE-2

Fonte: Jornalistas Elias Aredes e Lílian Parise, do Sinergia-CUT