A FNU e a CNU lamentam o falecimento do professor Luiz Pinguelli Rosa.
Nossas condolências à família e amigos.
Uma perda irreparável. Professor Pinguelli sempre valorizou o Sistema Eletrobras e seus trabalhadores quando esteve a frente da direção da empresa no governo Lula.
Informações sobre o velório nesta quinta (3/3):
17h às 19h
Átrio do Palácio Universitário – UFRJ
Av. Pasteur, 250 Praia Vermelha – Rio de Janeiro -RJ
Luiz Pinguelli Rosa fez Física na Faculdade Nacional de Filosofia, que foi posteriormente incorporada a UFRJ, mestrado em Energia Nuclear e doutorado em Física.
Iniciou como pesquisador no Instituto de Engenharia Nuclear. Ao concluir o mestrado, iniciou carreira como docente na Coppe e na UFRJ, onde, posteriormente, foi o professor titular do Programa de Engenharia Nuclear. Em 1974 concluiu seu doutorado em Física na PUC-RJ.
No ano seguinte, colaborou na elaboração do relatório sobre o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, onde se previa o processo de transferência de tecnologia entre os países signatários. Tal acordo, além do próprio programa nuclear, receberam criticas do professor Pinguelli, durante um depoimento dado em uma CPI, instaurada no senado nacional, em 1979, que apurava corrupção no programa nuclear brasileiro.
Participou como professor ou instrutor de cursos para engenheiros da Nuclebrás e de projetos tecnológicos para a usina nuclear de Angra I.
Coordenou o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Foi diretor da Coppe entre 1986 e 1989, e entre 1994 e 1997, depois foi vice diretor e, pela terceira vez, assumiu a diretoria no ano de 2002.
Em 2003, foi nomeado Presidente da Eletrobras, pelo então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante sua gestão, houve a instituição de uma linha de crédito para financiamento de projetos no âmbito do Programa Luz para Todos; a defesa da retirada da Eletrobrás do Programa Nacional de Desestatização (PND); a redução das metas de superávit primário estabelecidas pelo governo para a estatal e a ampliação de seus investimentos em geração e transmissão, entre outras conquistas em favor da empresa e dos brasileiros atendidos por ela. Deixou a Eletrobrás em 12 de maio de 2004.
Ainda em 2004 assumiu o cargo de secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e voltou a Coppe, onde em 2006 foi eleito para um novo mandato de diretor.
Ao longo da carreira assumiu diversos cargos e responsabilidades como secretário-geral da Sociedade Brasileira de Física; foi membro do conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC), do Conselho Mundial do Pugwash Conferences on Science and World Affairs. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), onde tomou posse em 04 de junho de 2003.
Recebeu diversos prêmios e honrarias nacionais e estrangeiros como o Forum Award da Sociedade Americana de Física, em 1992; a comenda com o grau de Chevalier de L’Ordre des Palmes Académiques, concedido em 1998 pelo Ministério da Educação da França; o Prêmio Golfinho de Ouro, categoria ciências, concedido no ano 2000 pelo Conselho Estadual de Cultura do Governo do Estado do Rio de Janeiro e as Medalhas da Ordem do Mérito do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Defesa, em 2003.
Pinguelli Rosa era Professor Emérito da Coppe/UFRJ.
Fonte: Memórias da Eletricidade