A privatização da Eletrobras não é apenas mais uma entrega do patrimônio brasileiro ao capital estrangeiro e um ataque à dignidade da população, espelhado nos abusivos aumentos do preço da energia. Trata-se de uma ampla estratégia de destruição total do Estado pelo governo Bolsonaro. O caminho? A transformação do país em uma grande fazenda por meio de um processo de desindustrialização, feita a toque de caixa. Desferido mais um golpe contra a soberania nacional, consolida-se a posição do Brasil na vanguarda mundial do atraso econômico, alerta a ex-presidenta Dilma Rousseff.

“A Eletrobras funciona na medida em que já tem muita usina já amortizada, com investimento já pago pelos brasileiros, e isso está prorrogado até 2042. [Com a privatização], a conta de luz vai quadruplicar, quintuplicar, é um absurdo”, denunciou Dilma, em entrevista ao Brasil 247, no sábado (5).

“E é um absurdo porque esse país precisa ser reindustrializado, precisa de um processo de criação de uma malha de indústria, não só de grandes, mas de pequenas e médias indústrias que façam com que um país possa mudar de patamar e não caia na armadilha de virar uma grande fazenda” alertou Dilma.

“Nós estamos experimentando um processo acelerado de desindustrialização”, avisa a petista. “Como você vai reindustrializar [o país] sem ter energia, em quantidade significativa, e a preços módicos?”, questionou Dilma. “Vender a Eletrobras por R$ 20 bilhões é um acinte”, criticou a ex-presidenta, para quem o parque hidrelétrico da empresa vale, “no mínimo”, R$ 400 bilhões. Ela fala com conhecimento de causa. Graças às medidas adotadas durante o seu governo, o fornecimento de energia barata foi garantido à população.

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