Nos últimos anos, dezenas de trabalhadores se aposentaram, aderiram ao PAI e se desligaram da empresa. Esta situação até poderia ser considerada normal se estas vagas fossem rapidamente preenchidas. Como isto não vem acontecendo, a Sanasa está à beira de um apagão de mão-de-obra.
Este desfalque de trabalhadores provocou um efeito dominó nos problemas. O setor operacional é o que mais sofre, principalmente os Domasas. Isso acarreta sobrecarga de trabalho para aqueles que continuam na empresa e afeta até mesmo a qualidade e o tempo de execução dos serviços.
Disfunções salariais
A falta de funcionários também é responsável pelo aumento do número de casos de disfunção salarial na Sanasa. Boa parte dos funcionários que se desligaram eram ATS III e como a empresa não realiza promoções para as vagas abertas, obriga os ATS II a executarem funções e assumirem responsabilidades de ATS III, sem receberem para isso.
Sem concursos
Os concursos públicos estão suspensos na Sanasa até o final deste ano. Mas, não há a necessidade da realização de novos concursos para preencher as vagas em aberto. Em razão da pandemia do Coronavírus, a vigências dos concursos realizados anteriormente foi prorrogada, portanto, a Sanasa tem totais condições de acabar com a falta de mão-de-obra.
Para a direção do Sindae, falta disposição política de quem ocupa os postos de comando na empresa para solucionar o problema. Eles dispõem dos meios necessários, porém, preferem adiar indefinidamente a tomada de decisões.
Por conta disso, o dano maior recai sobre a imagem da própria Sanasa. Se os serviços não são executados na velocidade que a população espera, chove reclamações no Call Center (0800), com impacto sobre os trabalhadores que estão na rua, em contato direto com os usuários.
O quadro funcional da Sanasa é permanente. Mas, os membros da diretoria, indicados pelo acionista majoritário, são transitórios. Eles estão aqui só de passagem, portanto, devem cumprir as responsabilidades que seus cargos impõem.