Os trabalhadores da Copasa, em sua expressa maioria, rejeitaram a escandalosa proposta apresentada pela empresa para pagamento da Participação nos Lucros (PL) sobre o exercício de 2020.

A decisão soberana foi tomada em assembleias presenciais e por votações eletrônicas realizadas em todo o Estado, entre os dias 1º e 5 de março.

Nas assembleias presenciais, em que foram cumpridos todos os procedimentos de proteção contra a contaminação da covid-19, como distanciamento e uso de máscaras e álcool em gel, os trabalhadores manifestaram, de forma responsável e consciente, profunda insatisfação com a insistência da direção da empresa em acabar com a PL linear e apresentar uma proposta de regulamentação da PL 2020 sem que haja solução para o pagamento da PL 2019.

A categoria também demonstrou forte descontentamento com a postura da direção da empresa, indicada pelo governo Zema, de distribuir dividendos extras aos acionistas, da ordem de R$ 1 bilhão, ao mesmo tempo em que insiste em sacrificar o direito dos trabalhadores, tirando uma parcela de sua PL para favorecer os ocupantes de cargos de gestão, aprofundando a injusta distribuição de renda.

A proposta rechaçada previa o pagamento de 75% da participação nos lucros de forma linear para quase todos os trabalhadores e 25% de forma proporcional para cargos de gestão, com aferição de performance de atingimento de metas.

A proposta é quase idêntica à apresentada para a PL 2019, sobre o exercício de 2018, que está sendo objeto de ação judicial e teve decisões favoráveis ao SINDÁGUA em 1ª instância e no TRT para manutenção da PL linear, direito líquido e certo garantido em conquista histórica da categoria, após nove dias de greve, e estabelecido em Acordo Coletivo.Agora, o SINDÁGUA, cumprindo seu papel, vai oficializar a Copasa sobre a deliberação da categoria, que mais uma vez mostrou força, união e disposição de luta para preservar nossos direitos, apesar da intransigência e falta de disposição da empresa para o diálogo.

A direção da Copasa quer acabar com a garantia de emprego e alterar a forma de distribuição da PL para cumprir a cartilha neoliberal e privatista do governo Zema.

Fonte: Ascom Sindágua-MG