Não dá pra comemorar inocentemente a saída de Wilson Pinto da Eletrobras quando a luta contra a privatização ainda está em andamento e os Sindicalistas mantêm o plantão em Brasília diariamente, procurando apoio de parlamentares — principalmente os integrantes da bancada de esquerda — contra as tentativas desse governo
entreguista de leiloar a preço aviltante uma  empresa lucrativa e de interesse estratégico para o País.

Esse anúncio de renúncia deixar no ar várias perguntas, sendo a principal delas quem será o sucessor do atual presidente da Eletrobras que, para os Sindicatos, deveria ser um trabalhador de carreira, conhecedor da importância da empresa e de seu papel enquanto participante de leilões de energia para baratear seu custo para a população.

É claro que a saída de Pinto significa num primeiro momento a retirada de um inimigo declarado do quadro funcional da Eletrobras, o qual tentou desmoralizar junto à opinião pública com a contratação de empresa de publicidade que tentava desabonar a conduta de funcionários capacitados e dedicados ao projeto de fazer um Brasil maior.

Nesse momento é preciso destacar que o principal papel da Eletrobras é o de coordenar todas as empresas do Setor Elétrico e que sua venda, pura e simples como quer esse governo, significaria transformar a geração, transmissão e distribuição de energia numa disputa por ganhos cada vez maiores, sem qualquer preocupação com seus aspectos social e estratégico para o País.

E é dentro desse quadro que o Sintergia vai continuar a luta contra a privatização de forma ainda mais acentuada, intensificando seus contatos junto ao Congresso e se fortalecendo para o que estar por vir, porque tudo indica que o substituto do pinto deve ser um lobo, sem qualquer compromisso com a empresa, com o País e com a população.
Precisamos estar ainda mais atentos, porque a luta continua!
Unidos, somos mais fortes!