O SINDUR, STIUAC, STEET e SENGERO encaminharam a Energisa uma proposta de que a negociação do acordo coletivo 2020, cuja data base é no mês de maio, seja realizada de forma unificada com os sindicatos. A proposta foi reiterada e ainda foi solicitada a prorrogação do ACT até que as negociações fossem concluídas, a empresa sequer, sem o menor respeito aos seus trabalhadores se pronunciou até o momento.

Os Sindicatos em contato com os interlocutores da empresa reafirmam a proposta de manutenção do ACT com todas as suas garantias e que seja discutido o reajuste das cláusulas  econômicas.  Reforçamos, também, o entendimento de que trabalhadores e trabalhadoras já dão sua cota de sacrifício e pagam alto preço pelos efeitos da pandemia, mantendo as atividades das empresas, correndo riscos, enquanto os custos de suas necessidades básicas, como, saúde e alimentação vão acelerando.

Para os Sindicatos, a prioridade dos trabalhadores e trabalhadoras neste momento é a luta pela preservação da vida, a saúde e a sua segurança. E, entendemos que esta deveria ser também a prioridade da Energisa, principalmente neste período em que vemos o crescimento da pandemia com expressivo aumento de contaminações pela covid – 19 e mortes por todo o país, e manter o acordo coletivo de trabalho.

O único argumento que os representantes da empresa externam é “a preocupação com a crise gerada pela covid – 19, que pode, adversamente, impactar o desempenho financeiro e operacional de suas atividades e que é necessário diminuir os custos”, cuja redução de custos prevê continuidade de demissões, redução de benefícios e corte de direitos. Esse é o argumento alegado para não negociar o ACT com os Sindicatos.

ENERGISA CAUSA TERRORISMO E CONTINUA DEMITINDO TRABALHADOR DE
FORMA DESUMANA EM PLENA PANDEMIA

Para manter o lucro em toda e qualquer crise, seja social, financeira ou epidemiológica o capital mantém o mesmo rito, demitir trabalhadores e a Energisa não foge à regra, continua demitindo diariamente trabalhador em plena pandemia. Mesmo que a empresa tenha feita adesão as MP’S 927 e 936, que alteram substancialmente as leis trabalhistas, subtraindo uma série de direitos e conquistas, redução da jornada de trabalho, de salários entre 25% a 70%, até suspensão de contrato de trabalho.

Mesmo, após o Governo Federal ter publicado o decreto que estabelece regras de ajuda as distribuidoras de energia elétrica podendo chegar a r$ 14 bilhões de reais e os valores emprestados serão repassados para a tarifa em 2021 e quem irá pagar serão os consumidores e a empresa ter apresentado um lucro líquido de r$ 518,7 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 352% em relação ao mesmo período do ano passado, a Energisa de forma desumana continua efetuando demissões.

Acreditamos que a Energisa tem estrutura e condições financeiras para não continuar demitindo seus trabalhadores, principalmente nesse período de pandemia, os quais  terão enormes dificuldades de relocação no mercado de trabalho. Isso cria instabilidade e um clima de terror dentro da empresa, uma vez que os trabalhadores estão assustados com a possibilidade de contraírem o covid19 e terem que conviver com o fantasma da demissão, o parece que na empresa é normal e rotineiro.

Fonte: Ascom  Sindur