Os trabalhadores de Furnas aprovaram nesta quarta-feira (31/1), por ampla maioria, a pauta de reivindicações nacional e específica para o ACT 2018/19.

O dirigente sindical David Oliveira explicou que foram incluídas novas cláusulas nas pautas de reivindicações, mas basicamente o texto é o mesmo da campanha passada. “Como o calendário é curto podemos ter dificuldades nesse processo, mas com grande mobilização da categoria é possível avançar”, acredita.

Também foi aprovada, por ampla maioria, a taxa de fortalecimento sindical, que será definida somente após a aprovação das pautas. O objetivo desse custeio é fazer frente às despesas da entidade sindical com a campanha salarial.

Os trabalhadores aprovaram também autorização para a diretoria colegiada do Sindicato firmar o ACT com as empresas, ou se for o caso, instaurar dissídio coletivo. Foi aprovado ainda o estado permanente de greve para dar mais agilidade na mobilização da categoria.

Informes

David elogiou o 35º Encontro Nacional dos Trabalhadores de Furnas (Entfu), que ocorreu na cidade de Passos (MG), do dia 16 a 19. Destacou que a luta contra a privatização de Furnas foi um dos principais temas do encontro.

Lembrou ainda que o PDC 941/01, que propõe a realização de referendo popular em caso de privatização da Eletrobras e suas subsidiárias, já foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), em novembro do ano passado.

Parlamentares apresentaram requerimento para que o PDC 941 entre em regime de urgência e seja votado direto no plenário da Câmara dos Deputados. Esse procedimento dá mais celeridade na tramitação da matéria. No entanto, ainda faltam poucas assinaturas para que o requerimento possa ser oficializado.

David explicou que vários dirigentes sindicais estão fazendo corpo a corpo no Congresso para convencer os líderes partidários da aprovação do PDC 941. “Se conseguirmos aprovar a matéria, dificilmente a privatização ganha força, pois mais de 70% da população é contra privatizações, segundo pesquisa do instituto Data-Folha divulgada recentemente”, disse.

Por fim, informou que as entidades sindicais entraram com ação na Justiça contra decisão tomada pela Assembleia Geral Extraordinária de Furnas no dia 19 passado, que retira a autonomia da empresa. (fonte: Situ-DF)