Maior parte dos profissionais não recebeu treinamento e está passando por sofrimento psíquico. Levantamento integra a campanha “Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas”, realizada pela ISP e suas filiadas no Brasil ,entre elas a FNU

Um questionário respondido voluntariamente de 27 de março a 21 de abril por 1.794 trabalhadoras e trabalhadores de serviços essenciais, que estão na linha de frente de resposta à pandemia de coronavírus, revela que no caso de 62% dos respondentes, os equipamentos de proteção individual (EPIs), quando chegam, são em quantidade insuficiente para a devida troca e higienização. Metade dos profissionais sequer tem recebido máscaras de proteção.

Outro fator de grande preocupação é a afirmação de que a maioria, tanto de profissionais de saúde (64%), quanto de outros trabalhadores e trabalhadoras de serviços públicos (80%), não recebeu treinamento adequado para lidar com as situações de atendimento decorrentes da pandemia.

Além disso, 53% dos trabalhadores afirmaram estar passando por algum sofrimento psíquico, situação que provavelmente está relacionada, entre outros fatores, justamente à falta de EPIs e treinamento adequado.

Esses e outros dados fazem parte de um levantamento que integra a campanha “Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas”, lançada em 31 de março pela Internacional de Serviços Públicos – ISP – e suas filiadas no Brasil, entre elas a FNU,  cujo objetivo é, a partir das informações coletadas, pressionar gestores públicos e empregadores privados a melhorá-las. A coleta das respostas é feita por meio de um questionário online – a identificação não é obrigatória.

Inspirada na campanha global de mesmo nome da Internacional de Serviços Públicos (ISP) – federação sindical internacional que representa 30 milhões de trabalhadoras e trabalhadores públicos em 154 países –, a iniciativa é impulsionada pelo escritório da ISP no Brasil e diversas organizações filiadas no país.

Leia o relatório sintético da enquete aqui.

A campanha continua e os trabalhadores(as) podem continuar a preencher o questionário (de forma anônima). Clique aqui para acessar o formulário.

Fonte: ISP