O ano de 2020 será lembrado para sempre como um dos períodos mais difíceis e desafiadores para a humanidade. A crise sanitária de escala global provocada pelo vírus da Covid-19 impactou todos os países. O Brasil dentro desse contexto se torna um caso singular, pois o governo Bolsonaro cometeu todos os erros possíveis para barrar a propagação da doença no país. Hoje o país é o segundo em número de mortes e de casos de Covid ano mundo.  Nem mesmo a capacidade de adquirir as vacinas já testadas e sendo produzidas em larga escala esse governo foi capaz de fazer.

O ano de 2020 também tem a marca dos ataques aos setores de saneamento e de energia. O governo Bolsonaro, trabalha na sua estratégia de liquidar as empresas públicas para pagar a dívida pública. No saneamento aprovou a mudança no marco regulatório, que abre espaço para presença majoritária das em empresas privadas no controle da água, quase que dizimando as companhias estaduais. A resistência a esse crime contra a sociedade tem sido feita com bravura por entidades como a FNU/CNU, sindicatos e movimentos sociais, que estão atuando em todas as instâncias, seja política ou jurídica, como a busca pelo veto ao artigo 16 que, que destrói as empresas públicas, e impede o subsídio cruzado.

A energia pública representada pela Eletrobras tem sido alvo de uma campanha sórdida, do seu próprio presidente, que já contratou até mesmo empresa de comunicação para construir uma narrativa negativa da Eletrobras junto à opinião pública. Porém, a vida real mostra a importância do setor estatal de energia, como foi no caso do Amapá, que precisou ser socorrido pela estatal Eletronorte, para reestabelecer a energia no estado que amargava um apagão de semanas, fruto do descaso da empresa privada chamada ISOLUX.  A FNU/CNU e o CNE (Coletivo Nacional dos Eletricitários) estão na também em uma luta sem precedentes para barrar a tentativa de privatização da Eletrobras. O esforço diário é feito dentro do parlamento e junto à sociedade com campanhas informativas, como a Energia não é Mercadoria.

Nesse período difícil de pandemia, não se pode esquecer e aplaudir o trabalho que vem sendo feito pelos trabalhadores/as do ramo urbanitário, que mesmo com riscos constantes de contaminação tem garantido água e energia para toda a sociedade. Uma prova do compromisso dessa categoria com a população.

Para finalizar 2020 e provar que neste ano também aconteceram coisas positivas é preciso destacar a formalização da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), que caminha a passos largos, consolidando desta forma um sonho de anos de se construir uma estrutura verdadeiramente representativa para o ramo.

Que 2021 venha com uma vacina para todos e que as lutas em defesa do saneamento e da energia pública sejam vitoriosas! Vamos acreditar!

AS DIRETORIAS DA FNU E DA CNU DESEJAM A TODOS BOAS FESTAS E UM FELIZA ANO NOVO!
EM 2021 SEREMOS AINDA MAIS FORTES!