A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realizou audiência pública para discutir a proposta política da Marcha das Margaridas, que será realizada pela sexta vez neste ano. A manifestação está marcada para os dias 13 e 14 de agosto.

A coordenadora geral da Marcha, Mazé Moraes, afirmou que, neste ano, a marcha defende que os direitos já conquistados não sejam retirados pelas reformas que estão sendo propostas pelo governo atual. “As mulheres vêm a Brasília para isso. A gente vem marchar pela saúde, pela educação e por tantas outras questões que estão atingindo o nosso país”, disse ela.

A secretária nacional de mulheres do PSB, Walkíria Alencar, afirmou que a marcha tem por objetivo chamar a atenção da população para os problemas das mulheres que muitas vezes se tornam invisíveis para a sociedade.

A vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Katia Gaivoto, lembrou que o que pauta a luta das mulheres é pelos mesmos direitos dos homens, e por isso os homens são convidados a participar.

O autor do requerimento para a realização da audiência pública, deputado Vilson da Fetaemg (PSB-MG), disse esperar que as mulheres sejam recebidas no Congresso Nacional de forma respeitosa. “Nós não queremos aqui bomba de gás lacrimogêneo. Nós conseguimos construir a democracia e ela tem que ser exercida”, disse.

A Marcha das Margaridas é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e acontece em Brasília sempre por volta do dia 12 de agosto. A data lembra a morte da trabalhadora rural e líder sindicalista Margarida Maria Alves, assassinada em 1983, quando lutava pelos direitos dos trabalhadores na Paraíba.

O movimento é marcado pela camiseta lilás e pelos chapéus de palha decorados com margaridas usados pelas manifestantes.

Fonte: Agência Câmara