Ontem, o megainvestidor Jorge Paulo Lemann foi visto no prédio da Eletrobras, descendo no elevador com o presidente Wilson Ferreira Junior e a diretora de compliance Lúcia Casasanta.

Certamente foi conferir in loco a próxima aquisição.

A lógica de Lemann é simples.

1.   As estatais contratam escritórios americanos por honorários milionários, na faixa de R$ 200 a R$ 300 milhões. O escritório economiza o trabalho dos futuros compradores, de avaliar os riscos jurídicos da compra.

2.   Em seguida, contratam a consultoria Falconi & Falconi e Associados. Seu trabalho será de mapear os ganhos advindos da privatização e da melhoria de gestão, assim como mapear as áreas críticas, a serem assumidas de imediato para evitar boicote dos funcionários.  O trabalho também é pago pela empresa a ser privatizada.

3.   No caso da Eletrobras, colocou o G3 Radar como sócia da companhia e com acesso aos dados internos. Em cima dos dados, a G3 espalhou estudos pelo mercado projetando perdas gigantescas da empresa. Mas tão gigantescas que um patrimônio estimado em centenas de bilhões de dólares, em áreas de baixíssimo custo operacional (como é o caso das hidrelétricas), e com papel central na formação de preços do mercado. Foi reduzido a míseros R$ 20 bilhões.

Fonte: Jornal GGN- Luis Nassif