A FNU – Federação Nacional dos Urbanitários – apoia a paralisação dos caminhoneiros contra o aumento nos preços dos combustíveis.

Para o presidente da Federação, Pedro Blois, “o governo golpista de Michel Temer  tem por objetivo o desmonte das grandes empresas nacionais como é o caso da Eletrobras e Petrobras, e é o único responsável por essa escalada dos preços dos combustíveis que embute a sua política de desmonte da estatal petrolífera para coloca-la à venda”.

Os urbanitários que, atualmente, travam uma grande luta pela não privatização da Eletrobras, empresa que está ameaçada pelo governo Temer de ser colocada à venda por preço de banana, também lutam em defesa de todo o patrimônio do povo brasileiro, que inclui a Petrobras, e por uma política de preços justos aos trabalhadores.

Centrais sindicais apoiam a greve dos caminhoneiros

Representantes de centrais manifestaram apoio à greve dos caminhoneiros, por seu caráter de defesa de uma nova política de preços para a Petrobras. Na tarde desta quinta-feira (24/5), está prevista uma manifestação diante da sede da empresa em São Paulo (SP), na Avenida Paulista, também para cobrar redução do gás de cozinha.

“A população precisa apoiar este movimento que não é somente contra o reajuste dos combustíveis, é contra a privatização da Petrobras. O governo está utilizando esses aumentos para defender a venda da estatal”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas. “O Brasil tem de extrair o petróleo e refinar aqui, como era feito antes desse governo. Só assim conseguiremos baratear os combustíveis”, acrescenta.

Segundo ele, atualmente 25% do produto é importado e ainda há uma previsão de privatizar quatro refinarias. “Com isso, milhares de empregos serão perdidos aqui enquanto fora do país são gerados novos postos de trabalho.”

Leia também a nota da Frente Brasil Popular

Nota de Apoio da Frente Brasil Popular à Greve dos Caminhoneiros

A responsabilidade pela escalda nos preços dos combustíveis está no Governo golpista e na política de desmonte da Petrobrás.  A politica de refino do governo Michel Temer tirou o foco da Petrobrás do abastecimento nacional e tornou o preço dos derivados flutuantes. As mudanças, algumas vezes diárias, passaram a seguir o preço do barril internacional sem qualquer proteção ao consumidor e preocupação com o desenvolvimento brasileiro. Enquanto isso, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, faz pronunciamentos de que é preciso abrir o mercado e que afirma que o monopólio é ruim para o Brasil. Porém esse monopólio foi quebrado em 1997 e mesmo assim nenhuma empresa privada investiu no refino brasileiro.

Após a mudança da politica de preço, que segundo o Pedro Parente, seria benéfica para o Brasil, as importações aumentaram. Só em janeiro e fevereiro elas cresceram 65%, segundo dados do próprio governo. O povo já sentiu o aumento dos preços do gás de cozinha, gasolina e diesel. De julho de 2017 para cá o preço da gasolina e do Diesel nas refinarias aumentaram 59%. Porém ao invés da Petrobrás aumentar sua produção para reduzir o preço para povo brasileiro, ou mesmo para aproveitar o preço mais alto e aumentar o caixa da empresa, acontece o efeito contrário de reduzir a produção nacional de 95% para 75% do que somos capazes de produzir facilitando que empresas estrangeiras concorrentes a Petrobrás entrem no mercado nacional.

Neste mês foi anunciada a privatização de quatro refinarias  (Rlam-Bahia, Refap-RS, Abreu e Lima –PE e Repar –Paraná). Muda-se a politica de preço da Petrobrás, reduz a produção nacional já instalada, aumenta-se as importações e anuncia o inicio da venda das refinarias já construídas pela Petrobrás. Essa é a politica de abastecimento do governo Michel Temer implementada pelo Pedro Parente para justificar a privatização da Petrobrás.

Por uma politica de preço de derivados de Petróleo com foco no desenvolvimento nacional Apoiamos a paralisação dos caminhoneiros contra o aumento do Diesel.

23 de Maio de 2018
Frente Brasil Popular