Nesta quinta-feira, 14, o Sindieletro foi recebido pelo diretor de Relações Institucionais e Comunicação (DRC) da Cemig, Thiago de Azevedo, e pelo coordenador do Comitê de Negociação, Anderson Ferreira. No dia anterior, já havíamos nos reunido com o gerente de RH, Bruno Vianna e com Anderson Ferreira. Nos dois compromissos, o assunto foi a pauta da categoria.

Na negociação de ontem, ficou acertado que em relação às pautas de saúde e segurança o Sindieletro encaminhará ao Comitê de Negociação, até a próxima segunda-feira, 18, a indicação de trabalhadores e de comissões que tratarão as respectivas reivindicações, tais como as readaptações, assédio moral, condições de trabalho, entre outras.

Durante o encontro, também pautamos outra demanda oriunda do processo negocial: a compensação das horas relativas à paralisação do dia 5 junho. Os representantes da empresa ouviram as argumentações do Sindieletro e se comprometeram a enviar uma resposta até a semana que vem.

Outro debate importante tratado na reunião diz respeito ao PCR. Ressaltamos que na atual política de progressão das carreiras existem muitos eletricitários (as) que estão há muito tempo sem serem contemplados, situação que gera uma grande defasagem nas carreiras desses trabalhadores (as). Como resposta, os representantes da empresa afirmaram que irão “avaliar internamente” a demanda.

Abono – Já com relação ao abono em substituição à PLR 2017, a gestão da Cemig ainda não traz uma proposta concreta, mas também não nega a reivindicação. Ao que tudo indica, a partir da nossa paralisação e com o devido engajamento da categoria em torno não só do bônus financeiro, mas de toda a pauta, a gestão da empresa abriu os olhos e viu que vai ter que negociar, sim, com os trabalhadores e trabalhadoras.

Sobre o tema, a gestão da Cemig aponta que as dificuldades de pautar o abono dentro da Companhia estão ligadas a pressões do mercado sobre a empresa. Como temos debatido exaustivamente com a categoria, a nossa luta corporativa não se descola da conjuntura política que vivemos. Disputamos, a todo o momento e em todas as pautas, a gestão da Cemig com os acionistas, banqueiros e rentistas.

Para refutar as alegações dos representantes da empresa, lembramos (de novo) que não é o “mercado” que sustenta e carrega a Cemig nas costas. Somos nós, trabalhadores e trabalhadoras, que há mais de 60 anos fizemos e fazemos da Cemig o que ela é. Por isso, a valorização que reivindicamos é, de fato, uma obrigação da empresa em reconhecimento aos nossos esforços individuais e coletivos.

A negociação do abono, portanto, não se finda. Mas, na visão do Sindieletro, com a força demonstrada pela categoria nos últimos dias, estamos conseguindo avançar passo a passo rumo ao nosso objetivo. O que não podemos, nesse momento, é recuar na nossa mobilização.

Avaliação – Para o Sindieletro, a demora no processo de negociação evidencia o descompromisso da gestão da Cemig e do Governo do Estado no tratamento da pauta da categoria. Dia após dia, crescem a indignação e a revolta dos trabalhadores e trabalhadoras que exigem, acima de tudo, respeito! A nossa paralisação foi um grito contra essa prática. E não será a única ação caso a Cemig não mude de postura.

Como de praxe, na segunda-feira, 18, haverá reunião da Diretoria da estatal. Dessa forma, uma nova rodada de negociação deve ser agendada para a próxima semana. Fiquem atentos aos comunicados no nosso site, nas redes sociais e compareçam às reuniões setoriais que serão realizadas na próxima semana. E o mais importante: Na correlação de forças tão contraditórias que existem dentro da gestão da Cemig, a maior arma que a categoria eletricitária tem à sua disposição é a luta unificada, coerente e solidária.