Com a divulgação do lucro líquido de 2018 da Sanepar, que foi de R$ 892 milhões, já dá para fazer uma estimativa do valor do PPR (Programa de Participação nos Resultados) a ser pago neste ano.

De acordo com o balanço da empresa e levando em conta o atingimento de 100% das metas estabelecidas pela diretoria, os trabalhadores e trabalhadoras devem receber R$ 15.288,00 a título de PPR este ano.

Falta de diálogo

Esta questão causa muita expectativa entre os saneparianos e saneparianas, já que este valor dará um alívio no orçamento familiar da maioria dos cerca de 7 mil empregados da Sanepar, em especial aqueles que ganham salários mais baixos.

Infelizmente, os atuais representantes dos trabalhadores e trabalhadoras no CAD (Conselho de Administração) da Sanepar estão deixando a desejar pela falta de informações acerca das discussões que estão sendo feitas no âmbito da diretoria em torno do PPR.

Luiz Fernando Borba, conselheiro titular representante dos saneparianos e saneparianas, assim como seu suplente, Valdinei Chimborski Lopes, não estabeleceu diálogo com os Sindicatos para preparar as negociações com a empresa, demonstrando total falta de compromisso com aqueles que deveriam representar.

Nem mesmo a respeito das negociações do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2019/2020 os dois se prontificaram a interceder junto à direção da Sanepar. A pauta de reivindicações unificada foi entregue em dezembro e desde então ocorreram apenas três reuniões e nada de concreto foi apresentado ainda aos trabalhadores e trabalhadoras.

Aumento, só na tarifa

Ao mesmo tempo em que enrola nas negociações do ACT, a Sanepar já está de olho no reajuste das tarifas de água e esgoto. Matérias divulgadas na imprensa indicam que o objetivo é antecipar o índice de 25,63%, que seriam diluídos até 2025 para os próximos três anos.

A medida será um fardo para os consumidores paranaenses, mas, por outro lado atenderá aos anseios dos investidores, a razão de ser da Sanepar desde que teve seu capital acionário aberto ao mercado especulativo.

E se for levado em conta os comentários do governador Ratinho Jr. (PSD) em relação aos direitos e reajuste salarial dos servidores públicos estaduais, o desfecho das negociações do ACT 2019/2020 pode não ser o dos melhores, porque a ordem é cortar gastos administrativos para manter o equilíbrio das contas. Com a palavra os órgãos de controle das empresas estatais do Paraná.

Fonte: Saemac