Cartilha contribui com o debate diante da eminência de privatização total de empresas como a Sabesp

Nos últimos tempos tem ganhado força os discursos e tentativas, por parte dos atuais governos, de todas as esferas, de privatizar as empresas públicas. Situação que, quando ocorre, significa só dor de cabeça para a população: tarifas altas, falta de transparência na gestão, serviços ineficientes, entre outras questões.

Como a água está na mira dos setores que a visam como lucro, coletivos e organizações tem promovido uma intensa agenda de ações para denunciar e impedir a entrega desse bem que é essencial na vida das pessoas.

A CUT-SP, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, tem contribuído nesse debate e, nesta terça-feira (5/6), lançou a cartilha “Água no estado de São Paulo: Direito, não mercadoria! Contribuições para o debate com sindicatos e sociedade”, em atividade realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a pedido do deputado estadual Carlos Neder (PT).

A publicação é resultado de uma parceria com a Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) e tem como objetivo mostrar o descaso do governo estadual nesta questão e disseminar a compreensão de que a água é um direito e de que o seu acesso – universal, seguro e com qualidade aceitável – será melhor garantido por meio de serviços públicos, com participação popular e controle social.

O material foi elaborado a partir de levantamento bibliográfico, pesquisas de campo nas obras e equipamentos relacionados ao sistema de captação, tratamento e distribuição de água em São Paulo e entrevistas com trabalhadores, especialistas do setor e moradores de comunidades atingidas pela crise, pelas obras e pela lógica privada de gestão da água.

A iniciativa também contou com apoio de entidades e espaços de articulação como o Fama (Fórum Alternativo Mundial da Água), a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) o Coletivo de Luta pela Água, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Internacional de Serviços Públicos (ISP), a Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado de São Paulo (Fetam-SP), o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep-SP) e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema).

CLIQUE AQUI E BAIXE O PDF DA CARTILHA.

Assista a reportagem produzida pela TVT:

Ondas, em defesa da água e do saneamento

Sob a perspectiva de que água e saneamento são direitos e não mercadorias, entidades sociais, sindicais e acadêmicas, em abril último, criaram o Ondas – Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento, que agora será instituído oficialmente por meio da uma assembleia de fundação, no dia 7 de junho, na UnB – Universidade de Brasília, Brasília –DF. (leia: Assembleia de fundação do Ondas – Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento – será dia 7 de junho)

A FNU – Federação Nacional dos Urbanitários –, por entender que a constituição do Ondas é fundamental para o desenvolvimento do setor de saneamento e a universalização dos serviços, é uma das entidades que está à frente da criação do Ondas. PARTICIPE!