No dia 7 de outubro os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros irão às urnas para eleger deputados estaduais e federais, governadores, senadores e o presidente da República. Os analistas consideram esta como a eleição mais disputada no período de redemocratização do Brasil, depois de 21 anos de ditadura e arbítrio militares.
Por representar os trabalhadores de empresas estratégicas como as de saneamento básico, o Sindae, ao longo dos seus 32 anos, sempre desempenhou um papel relevante nos processos eleitorais. Consciente da pluralidade de opiniões existentes no seio da categoria, a entidade sindical manteve sempre uma postura apartidária. E seus posicionamentos políticos têm sido sempre, não indicando o voto em candidatos, mas, estabelecendo princípios que pudessem esclarecer e orientar o trabalhador na hora de votar.
Essa postura histórica do Sindae não será abandonada agora nestas eleições. Pelo contrário, ela se torna ainda mais necessária, tendo em vista o brutal ataque que os trabalhadores sofreram na atual legislatura do Congresso Nacional com a aprovação da reforma trabalhista, da lei da terceirização e da emenda constitucional que congelou por 20 anos os investimentos em serviços públicos, como saúde, educação, segurança, habitação, entre outros.
Os deputados e senadores que aprovaram estes ataques ou são candidatos à reeleição ou disputam outros cargos, e estão por aí novamente correndo atrás do voto dos trabalhadores e trabalhadoras, com a mesma “conversa mole” de sempre”. Agora querem o nosso voto, mas, no parlamento votaram contra nós.
Além disso, em nosso caso, tem ainda a questão da privatização das empresas de saneamento. E a maioria dos candidatos, sobretudo para o Executivo (governadores e presidente da República) defende a transferência do controle destas empresas para a iniciativa privada, em total contradição com o que acontece em países da Europa, por exemplo, que retomaram para o Estado este controle.
Nestas eleições, portanto, o Sindae orienta os trabalhadores a analisarem com muito cuidado os projetos dos candidatos e não apenas aquilo que eles falam na TV, nos palanques e nas redes sociais. Não vote em candidatos que, uma vez eleitos, votarão contra você no Congresso Nacional; ou quando, nos cargos executivos, vão privatizar empresas públicas.
Devemos votar em candidatos que têm projetos voltados para a retomada do desenvolvimento econômico, com a geração de empregos e renda. E quem tem compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras deste país.