Em pleno colapso da saúde, da educação e enorme crise da água, o Governo do Distrito Federal – GDF – vai financiar o Fórum das Corporações, autodenominado 8º Fórum Mundial da Água, que nada mais é do que uma feira de negócios, onde corporações multinacionais como Nestlé, Coca-Cola, Suez, entre outras, estarão discutindo a melhor forma para privatizarem as fontes de água e aquíferos e lucrarem com a escassez do líquido no mundo.

Reportagem do G1, em 17/1/18, revela o aporte de R$ 2 milhões do GDF para o Fórum das Corporações da água que acontecerá em Brasília no mês de março.

Como não bastasse “doar” todo esse recurso dos contribuintes do Distrito Federal, o GDF ainda disponibiliza, ao mesmo Fórum, um meio de comunicação que chega a todas as casas e moradores: a conta de luz.

Neste mês de janeiro, na conta de luz dos moradores de Brasília aparece a seguinte mensagem: 8º Fórum Mundial da Água – O mundo em Brasília para discutir água de 18/03 a 23/03. Participe! www.worldwaterforum8.org .

Por outro lado, não há nenhuma mensagem sobre o Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA 2018 – que está sendo construído por movimentos e entidades da sociedade civil que lutam em defesa da água como direito, fazendo, assim, um contrapondo ao Fórum das Corporações e denunciando a mercantilização da água.

O FAMA 2018 também será realizado em Brasília entre os dias 17 e 22 de março. Para participar e saber mais, acesse: www.fama2018.org / Facebook: @FAMA2018 .

A Federação Nacional dos Urbanitários – FNU -, que apoia e integra a coordenação nacional do FAMA 2018, subscreve o Manifesto do Fórum Alternativo Mundial da Água por entender que “água deve estar a serviço dos povos de forma soberana, com distribuição da riqueza e sob controle social legítimo, popular, democrático, comunitário, isento de conflitos de interesses econômicos, garantindo assim justiça e paz para a humanidade”.

Afinal, água é direito, não mercadoria.

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