A elétrica estatal gaúcha CEEE está preparando um leilão para a venda de participações em ativos de geração e transmissão avaliados em quase 1 bilhão de reais, informou a companhia em comunicado nesta terça-feira.

Segundo a unidade de geração e transmissão da empresa, CEEE-GT, o leilão terá o edital publicado “brevemente” e acontece em meio a uma estratégia da companhia de focar investimentos em seus contratos de concessão nativos (mais antigos).

O leilão, que deverá ser realizado na sede da bolsa paulista B3, em data ainda não definida, envolverá fatias de entre 6,5 por cento e 49 por cento da CEEE-GT em seis empreendimentos, entre hidrelétricas e linhas de transmissão. As participações foram avaliadas em cerca de 992 milhões de reais.

O principal ativo do certame será a fatia de 30 por cento da empresa na Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), avaliada em 301,8 milhões de reais.

A Ceran opera três hidrelétricas no Rio Grande do Sul (Monte Claro, Castro Alves e 14 de Julho) que somam 360 megawatts em capacidade. A principal sócia do empreendimento é a CPFL Geração, com 65 por cento. A norueguesa Statkraft possui 5 por cento.

O leilão também envolverá uma fatia de 9 por cento da CEEE-GT na hidrelétrica Foz do Chapecó, avaliada em 282,9 milhões de reais. A estatal gaúcha tem como sócios no negócio a CPFL, com 51 por cento, e Furnas, da Eletrobras, com 40 por cento.

A CEEE-GT ainda pretende negociar sua fatia de 6,51 por cento na Campos Novos Energia, que opera a hidrelétrica Campos Novos. A empresa tem como outros sócios CPFL (48,7 por cento), Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) (33 por cento) e Votorantim (11,6 por cento).

Já entre ativos de transmissão, a CEEE-GT inclui no certame suas fatias de 49 por cento na Fronteira Oeste Transmissora (FOTE) e na Transmissora Sul Litorânea (TSLE), por 52,2 milhões de reais e 198 milhões de reais, respectivamente, além de uma fatia de 10 por cento na Empresa de Transmissão Alto Uruguai (ETAU), por 15,6 milhões de reais.

A elétrica disse que o processo de desinvestimento respeitará acordos de acionistas firmados junto aos sócios, “observando o direito de preferência dos acionistas para a potencial aquisição do percentual de participação da companhia” nos negócios.

Por Luciano Costa- Reuters