O CNE – Conselho Nacional dos Eletricitários, que considera a Eletronuclear uma empresa estratégica para a soberania nacional, lançou carta aberta sobre a empresa.

Leia: CARTA ABERTA SOBRE A ELETRONUCLEAR

Na carta, o CNE considera:

1) O Brasil detém a 6ª maior reserva de urânio do mundo, suficientes para suprir 40 usinas durante toda sua vida útil;

2) Nosso país é um dos 8 do mundo que detém o conhecimento completo do ciclo de enriquecimento do combustível;

3) A Energia Nuclear é uma alternativa limpa de produção de energia para garantir o crescimento do país;

4) O Setor Nuclear engloba, além da Eletronuclear, as Indústrias Nucleares Brasileiras – INB, a NUCLEP e o Programa Nuclear da Marinha;

5) O Brasil não pode prescindir dessa tecnologia, para poder garantir a defesa dos interesses nacionais, sobre o interesse de nações estrangeiras, que não querem que o Brasil venha a explorar e controlar todo esse enorme potencial tecnológico;

6) A construção da Usina de Angra 3 é de fundamental importância, dentro desse contexto, servindo mesmo como um ponto de inflexão na retomada do desenvolvimento da tecnologia nuclear no país;

7) Os Técnicos do Setor Nuclear, com conhecimento reconhecido internacionalmente, precisam ser respeitados pela Empresa e valorizados em novos projetos de expansão de novas usinas;

8) Os fatos da chamada Operação Lava-Jato, que envolveram parte da antiga direção da Eletronuclear, estão sendo apurados pela Justiça.

E exige de imediato que:

– Não tenham prosseguimento quaisquer estudos para a retirada da Eletronuclear do Sistema Eletrobras;

– Sejam canceladas todas as tratativas que venham a permitir a atuação de grupos internacionais na área nuclear;

– Toda a questão nuclear venha a ser debatida pelo Congresso Nacional com ampla participação de toda a sociedade brasileira;

– Abertura de novas licitações para imediata retomada das obras de Angra 3, sem vícios de qualquer natureza;

– Sejam renegociadas todas as dívidas da Eletronuclear, de forma a permitir a conclusão das obras de Angra 3 sem ônus desproporcionais que continuem sufocando as operações da empresa.

-Que o Governo Federal assuma que a Energia Nuclear é um projeto de Estado, e não uma “parceria duvidosa”.

Leia o boletim do CNE: CARTA ABERTA SOBRE A ELETRONUCLEAR

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