Audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) para debater a questão da privatização da água e a MP 844/18 (a MP da Sede e da Conta Alta), aconteceu nesta quarta-feira (5/9), no Senado Federal e teve como participantes o presidente do Sindiágua-RS e dirigente da Federação Nacional dos Urbanitários(FNU), Arilson Wunsch; o diretor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Sérgio Antonio Gonçalves; e o dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente (Fenatema) Rene Vicente dos Santos.

Também participaram o presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Aparecido Hojaij; o conselheiro da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) Abelardo de Oliveira Filho; e representando a Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental e pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) Edson Aparecido da Silva.

Para o representante da FNU e coordenador da FNSA, Arilson Wunsch, “essa MP é a tragédia do saneamento público no Brasil”. E questionou: “E por que foi editada de forma tão rápida, em meio aos jogos da Copa do Mundo? Por que não discutir com a sociedade?
E para quê, se o nosso serviço de abastecimento de água está tranquilo no momento no país?”.

Arilson apontou o que falta são investimentos para o esgotamento sanitário, então, “para quê entregar a água ao mercado privado?”. Para ele, é preciso o investimento público para fortalecer as companhias estaduais de saneamento, as autarquias e departamentos municipais.

O coordenador da FNSA também enfatizou que a MP acaba com o subsídio cruzado, que é o responsável por levar água e saneamento aos pequenos municípios do país.

Assista a audiência na íntegra:

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