A luta das mulheres tem se fortalecido de forma acelerada em toda a sociedade brasileira, enfrentando sem medo a herança de um patriarcado, que gerou uma cultura nefasta de violência. Segundo dados divulgados por órgãos oficiais são 500 agressões por dia contra as mulheres, muitos destes casos se enquadrando no crime de feminicídio.

A FNU entende que as mulheres urbanitárias podem fortalecer a luta contra qualquer tipo de violência, desconstruindo uma série de preconceitos através de debates internos nos sindicatos, criando uma consciência junto aos companheiros de suas bases, mostrando a importância de se respeitar as mulheres em todas as suas escolhas, extirpando a cultura do assédio, por exemplo, e reforçando que lugar de mulher é onde ela quiser, tendo inclusive o mesmo salário que os homens.

A luta das mulheres urbanitárias é ampla e estratégica, pois o governo fascista de Bolsonaro, de caráter machista e misógino, ataca frontalmente os direitos das mulheres trabalhadoras com sua reforma da previdência, com aumento da idade mínima de 62 anos para ter o direito à aposentadoria e 20 anos de contribuição. Não levando em conta que segundo o IBGE a mulher trabalha 8 horas a mais que o homem devido à dupla ou tripla jornada devido aos afazeres domésticos, além de enfrentar o subemprego em momentos de crise econômica.  Outro ponto desumano desta reforma é aplicar estas mesmas regras para as trabalhadoras rurais, que vivem em outra realidade e com uma expectativa de vida mais baixa.

A política de privatização proposta pelo governo Bolsonaro também faz parte da agenda de lutas das mulheres, especialmente as urbanitárias, que devem participar das discussões dentro dos sindicatos. Pois, o que está em jogo são os postos de trabalho e o futuro de todas. A MP 868 que abre o caminho para privatização das empresas de saneamento nos estados e a privatização da Eletrobras, mostram que a classe trabalhadora mais do que nunca deve se organizar, e as mulheres terão papel fundamental nesse processo de resistência contra a entrega do patrimônio público.

A Secretaria da Mulher Urbanitária da FNU tem a certeza de que somente com mobilização e conscientização de todxs será possível avançar e buscar uma sociedade mais justa e igualitária. Portanto, no dia 8 de março vamos à luta, dizer não a cultura de violência, a reforma da previdência de Bolsonaro e impedir a privatização da água e da energia.

Marielle Franco Vive!

 Lula Livre!

 

 

Leila Nascimento Novais Luiz

Secretária da Mulher Urbanitária